4 da manhã.
O telefone tocou.
Acordou meio atordoado. F#$%#. Costumava desligar sempre o telemóvel à noite, esta noite tinha-se esquecido. Que raio, quem será que está a ligar a esta hora?
Atendeu sem olhar para o visor.
Do outro lado a voz é conhecida. De há muito tempo atrás. Uma voz que ficou perdida no passado e não queria voltar a ouvir...
Olá. Estavas a dormir?
Ufff. E agora?
A resposta saiu-lhe completamente imperceptível. Do outro lado começa uma confusão de ideias, o passado misturado com o presente, coisas que não podem ser comparadas, justificações para o que já não interessa ser justificado.
Era suposto ser assunto morto e enterrado.
Como é que chegamos até aqui, pensou...
Queria ter apagado essa parte da sua memória. Uma lavagem cerebral local.
A pergunta surgiu naturalmente. O que é que aquilo interessava agora? Hoje? Após tanto tempo?
Porque há palavras que têm que ser ditas...
Quando desligou as lágrimas corriam-lhe pela cara.
And I won’t cry, if you go away,
cause I would lie, if I say I may
You stole the deepest dream I had.
So go to hell and live as bad.
nocomment
I won’t cry
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